Cultura Organizacional na terceirização de serviços

Cultura Organizacional na terceirização de serviços

A Cultura das organizações privadas deriva da personalidade de seus fundadores, sofre influência da cultura dos seus membros e da sociedade em que ela está inserida, mas, principalmente, é direcionada de acordo com o ramo do mercado no qual a organização atua. Os novos membros, ao ingressarem na organização, são submetidos a uma etapa prévia de adaptação à cultura organizacional, uma espécie de "socialização antecipatória" da cultura, através do contrato de experiência. Neste período, os novos integrantes sabem que serão avaliados de forma subjetiva por seus superiores, devendo, por isso, apenas realizar o serviço determinado, sem espaço para colaboração nas idéias. Nas empresas que trabalham na terceirização de serviços, percebe-se este quadro, de não participação de seus empregados na elaboração das tarefas, mais prolongadamente, pois via de regra, não há um plano de carreira a seguir e qualquer erro será anlisado de acordo com a conveniência dos superiores. Nas organizações que prestam serviços de forma terceirizada, locando sua mão de obra visando o lucro, há um choque de culturas, principalmente se esta presta serviço a órgão público. Como são terceirizados apenas aqueles serviços que o órgão julga secundários, os prestadores destes serviços já iniciam em posição de inferioridade, sentindo-se desmotivados a agirem como parte da organização. Os membros da organização prestadora de serviços, , neste caso, trabalhando em ambiente que proporciona aos servidores do quadro plano de carreira, valorização através de incentivos e estabilidade, sem regras de valorização de seus serviços, com alta rotatividade da mão de obra, pois depende do mercado, acabam sentindo-se desprestigiados e se veem sem um comprometimento com os afazeres do órgão. Neste caso, vemos a cultura organizacional influenciando de forma negativa na cultura individual dos seus membros.

Cultura Organizacional Pública

A Cultura Organizacional pública, ou seja, a cultura proveniente do Estado, personificada através de seus trabalhadores, servidores públicos, se diferencia de outras culturas desde o ingresso dos membros na organização. O ingresso por concurso público dá ao servidor a sensação de valorização, pois este ingresso se deu através de seus próprios méritos. O novo membro, ao ingressar dessa forma, já entra se vendo como parte da organização. Ele sabe que terá que passar por um período de adaptação, ou de "socialização antecipatória" da cultura organizacional, o estágio probatório. Porém, sabe também que no estágio ele será avaliado de acordo com critérios pré-definidos legalmente, e que, durante o tempo de serviço público, qualquer erro que venha a cometer será analisado de acordo com normas legais. Os membros da organização pública, via de regra, possuem estabilidade no emprego aliada a um plano de carreira estabelecido. Isso tudo dá ao membro da organização a tranquilidade necessária para que ele sinta-se com liberdade de contribuir com a organização. Dessa forma, pode-se concluir que a cultura organizacional do Estado é menos dinâmica, porém mais segura e mais estável que a cultura organizacional de outras organizações.